O meu pai ainda não se tinha sentado uma única vez, andava sempre de um lado para o outro à espera de notícias da mãe que tardavam em chegar.
Só o ouvia murmurar:
- A culpa é toda minha, se lhe acontecer alguma coisa nunca me irei perdoar.
Foi aí que me levantei daquela cadeira velha e fria e abracei o meu pai tentando-o tranquilizar:
- Pai, por favor... A culpa não foi tua. Peço-te que não digas isso. E a mãe vai melhorar, eu tenho a certeza!
- Mesmo nestas situações sabes sempre o que dizer. - O sentimento de preocupação e desespero tomaram conta do rosto do Sr. Jorge, ele que era sempre tão forte.
- Pai, não consigo ver-te assim. Bem, eu vou buscar-te alguma coisa para comer.
- Não é preciso, Margarida!
- É preciso, sim senhor. Ainda não almoçaste, sequer.
Dirigi-me à máquina de bolos e quando coloquei as moedas uma voz familiar interrogou:
- Margarida? És tu? Que fazes aqui?
Virei-me de repente e deparei-me com a Rute, que me parecia particularmente feliz. Fiquei muito contente ao vê-la, e ainda mais com um sorriso na cara.
- RUUUTE! Então, o teu irmão? Como está?
- Bem, já saiu do coma... Mas pode ficar parapelégico a vida toda. - O seu sorriso transformou em desespero.
- Amiga, o importante é que já não corre mais perigo. - Sorri, tranquilizando-a.
- Sim, tens razão. Mas, e tu? O que fazes aqui?
- Os meus pais estavam a discutir... De repente o meu pai chamou-me em tom de aflição e quando cheguei à sala deparei-me com a minha deitada no chão, desmaiada.
- Meu Deus. Parece que hoje é o dia das desgraças.
- Nem fales... Desculpa mas tenho de voltar para perto do meu pai, ele precisa de mim agora.
- Claro, vai Margarida. Depois falamos. - despedimo-nos e segui até à sala de espera.
No caminho o meu telemóvel vibrou. Tinha uma mensagem do Pedro:
''Olá Margarida :) É só para te dizer que tenho a próxima semana livre para sairmos, se quiseres é claro...''
''Depois eu digo-te alguma coisa e obrigada pelo convite, mas agora estou um pouco ocupada. Falamos depois ((:''
''Claro, ok então.''
Ao fundo do corredor vi o meu pai a correr na minha direcção:
- Margarida, tu vais ter um irmããão!A surpresa e emoção era tanta que não consegui proferir uma única palavra.
- Es...s...tás a falar a s...s...ério, pai?
- Claro! Achas que ia brincar com uma coisa destas?
- Eu vou ter um maaaaaaninho!
- Ou uma maninha, quem sabe...
- Sim, claro. Mas podemos ver a mãe?
- Óbvio, vamos!
Abrimos a porta do quarto e encontra-mos a minha mãe a dormir profundamente. Os seus cabelos dourados condiziam perfeitamente com a sua cor de pele. Ela era a mulher mais importante da minha vida, admirava-a imenso e quando fosse adulta gostaria de arrecadar a sua personalidade.
Adorava vê-la dormir, ficava ainda mais linda.
Sentamo-nos na ponta da cama e permanecemos ali cerca de meia-hora.
A chegada deste novo rebento iria trazer muita felicidade à família e uniria os meus pais, novamente.
A minha vida estava finalmente a recompor-se.
Continua...
27 comentários:
oh! adorei, mais uma vez. :')
será que a vida desses pais, se vai realmente compôr?
adorei mesmo *.*
E já agora ADOREI o post *-*
De nada (:
gostei, sigo :)
De nada querida :)
és de onde catarina ?
(se não quiseres não digas)
ameeeeeeeeeeeei :))
adorei!
de nada!
obrigada :)
é sim. (:
desculpa, tenho andado um bocado ausente daqui :s
estou a gostar imenso! e estou ansiosa pelo próximo :)
quando acabasses esta história até podias publica-la num livro :)
Amo-te a ti, e amo-te Margarida :)
uí fui mesmo triste, mas amo-te
obrigada *
sim, é óbvio que gostei :)
não estou a exagerar, era mesmo fixe se conseguisses! e aposto que montes de gente concorda comigo :p
era impossivel nao gostar :))
obrigada querida (:
de nada querida :)
só de vez em quando :bb
oh, que fofa :))
que lindo:)
o q lindinha :))
e vai concretizar-se, acredita em mim! :)
Está excelente , tens imenso jeito , parabéns :)
tenho seguido estas tuas histórias, e tenho a dizer-te que tenho adorado. vê se continuas (:
fazes tu muito bem :p
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